Havia bandeiras de 1991, ano em que Cavaco Silva conquistou a segunda maioria absoluta, muitos militantes à espera e uma das maiores feiras do Norte, numa tarde soalheira de domingo.
No «cavaquistão», Manuela Ferreira Leite tem «casa-cheia» garantida, e faz uma incursão pela sua primeira feira durante a campanha, enquanto uma menina espera para lhe dar uma filhós feita em casa pela mãe. Jacinta, filha de pais sociais-democratas - «aqui no distrito, somo todos», garantem à tvi24.pt - furou o batalhão de jornalistas que acompanham a volta da líder do PSD pelo país, os «jotas» animados pelo território amistoso e os notáveis que este domingo rodeiam a candidata a primeira-ministra.
É dia de «asfixia social» - um mote lançado ontem por Manuel Alegre -, ao qual Ferreira Leite respondeu esta manhã, trocando as voltas ao discurso do histórico socialista. Talvez por isso Fernando Seara, que veio hoje apoiar a comitiva laranja, tenha também devolvido as acusações do PS para garantir que «em Sintra, não há asfixia social».
«Eu sou um exemplo, e não admito contestação», disse o autarca de Sintra, não admitindo assim as referências «nem de uma figura média, nem por um grande português, como o dr. Alegre».
A volta pela feira de S. Mateus não foi fácil: à comitiva laranja, juntavam-se militantes e quem desconhecia porque havia «tanta televisão» no recinto numa tarde de domingo.
A resposta sai pronta de quem aproveita a rua entupida pela caravana para comprar um gelado, numa barraquinha lateral. «É a nossa líder, mas não sabia que era tão baixinha».
Há quem não se contente em observar de perto Ferreira Leite, e lhe tente falar - uma tarefa praticamente impossível, no meio da feira, no meio das palavras de ordem da «jota», no meio da confusão mediática que acompanha a candidata.
«O Ruas é quem manda aqui» - é já um clássico nas campanhas sociais-democratas em Viseu - é um desses slogans, que espelha bem a mobilização de que o partido no distrito é capaz.
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