Os líderes de Estados Unidos, França e Grã-Bretanha ameaçaram nesta sexta-feira adoptar mais sanções contra o Irão, depois do governo do país ter reconhecido que construiu uma segunda fábrica de enriquecimento de urânio, informa a BBC.
Na cimeira do G20, na cidade americana de Pittsburgh, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o tamanho e a estrutura da fábrica não condizem com um programa nuclear para uso civil, como alega Teerão. Obama afirmou que o Irão escondeu a construção da fábrica, desafiando os pedidos de transparência pedidos pela comunidade internacional.
O presidente norte-americano recusou mesmo afastar a opção militar face ao Irão, admitindo porém preferir a via diplomática. «Não é a primeira vez que o Irão esconde informações sobre seu programa nuclear», disse o presidente. O Irão tem direito ao uso pacífico de energia nuclear, que atenda às necessidades energéticas de seu povo, mas o tamanho e a configuração desta instalação é contraditória em relação a um programa pacífico».
«O Irão está a desrespeitar as regras que todas as nações devem seguir. Ameaçando o regime global de não proliferação, negando ao seu próprio povo o acesso à oportunidade que merece e ameaçando a estabilidade e segurança da região e do mundo».
O presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, disse que ainda deve levar 18 meses até que as novas instalações estejam em operação e que o seu governo informou a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) da ONU sobre a fábrica no prazo determinado pelas regras da agência.
«Não é um local secreto. Se fosse, porque teríamos informado a AIEA um ano antes (de entrar em operação)?», disse o líder iraniano.
Falando juntamente com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, Obama afirmou que o Irão deve seguir as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e «deixar claro que está pronto para cumprir com suas obrigações como membro de uma comunidade de nações».
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