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Radio Viseu Cidade Viriato
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
"D. Afonso Henriques nasceu em Viseu"...
"D. Afonso Henriques nasceu em Viseu".
Foi a esta conclusão chegaram a maioria dos conferencistas que participaram no Congresso Internacional "Afonso Henriques 900 anos depois", que terminou sábado em Viseu
João Silva de Sousa, comissário-geral das comemorações dos 900 anos do nascimento de D. Afonso Henriques, reiterou o que já havia dito: "D. Afonso Henriques nasceu em Viseu, em Agosto de 1109". A afirmação foi repetida anteontem no encerramento do Congresso Internacional "Afonso Henriques 900 anos depois", integrado nas comemorações do nascimento do primeiro rei de Portugal.
"Todos os conferencistas foram unânimes ao concluir que D. Afonso Henriques nasceu aqui", à excepção de um participante que "apontou a sua origem para Guimarães, sem qualquer justificação válida ou prova científica", lembrou o comissário.
Na abertura do Congresso, dia 16, defendeu que o Ministério da Educação devia "dar ordens para que fossem alterados os manuais escolares quanto ao local de nascimento de D. Afonso Henriques, pois todos os documentos actualmente conhecidos apontam para Viseu".
O também professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa referiu que Almeida Fernandes foi o autor da tese "Viseu, Agosto de 1109, Nasce D. Afonso Henriques", a qual surgiu após um estudo encomendado pela Unidade Vimaranense - Associação para o Desenvolvimento de Guimarães e sua Região.
O congresso foi um dos pontos altos das comemorações dos 900 anos do nascimento de D. Afonso Henriques em Viseu. Durante quatro dias, 50 especialistas (nacionais e estrangeiros) em História de Portugal estiveram reunidos no Teatro Viriato para debater diversos temas, entre os quais, a História Política e das Instituições, a Reafirmação da Identidade, Afonso I - Laços Familiares, Relações Internacionais e Viseu - o local, a arte e as técnicas.
O vereador da Cultura e Educação da Câmara Municipal de Viseu, José Moreira, também interveio na sessão de encerramento, onde destacou dois aspectos que, na sua opinião, marcaram estas comemorações. O primeiro a ser ressalvado foi a exposição "Arte, Poder e Religião nos tempos Medievais", patente no Museu Grão Vasco, "perpetuada num catálogo", e o segundo foi o congresso, ao considerar que, depois deste evento, "nada vai ficar igual para Viseu e para a comunidade".
José Moreira salientou que a cidade "nunca reivindicou publicamente o berço de Portugal". "Reivindicamos, legitimados pela investigação, o nascimento de D. Afonso Henriques", acrescentou. O professor João Silva de Sousa também já tinha dito, no primeiro dia do congresso, que este facto "não retira a Guimarães a importância de ser o berço da nacionalidade".
O vereador frisou que as câmaras municipais "devem envolver-se mais na Cultura", porque "é um dado importante na competitividade das cidades" e um complemento à educação e formação.
Quanto a Viseu, disse que "ainda há muito para fazer". Rui Moura, comandante do Regimento de Infantaria 14, e Maria Alegria Marques, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra foram os conferencistas escolhidos para o último dia do congresso.
O primeiro deu a conhecer a relação de D. Afonso Henriques com Viseu e o surgimento do poder municipal; a segunda falou das relações internacionais do rei, com destaque para o seu casamento com Mafalda de Sabóia.
Associação
D. Afonso Henriques
O comissário das comemorações, João Silva de Sousa sugeriu ainda a criação de uma Associação D. Afonso Henriques, que colmatasse algumas lacunas, nomeadamente, a inexistência "de uma estátua ou alameda condigna". Considerou que seria "um descalabro" se se perdesse a "memória de Viseu como berço do nosso primeiro rei".
"A Academia Portuguesa de História e a Fundação Mariana Seixas tudo farão para que não seja esquecido que D. Afonso Henriques nasceu em Viseu", disse, lembrando a garantia dada pela presidente da Academia, Manuela Mendonça, que também participou no congresso.
Adiantou ainda que no dia 6 de Dezembro haverá uma missa solene na Sé, pela morte do primeiro rei de Portugal, dia em que terminam as comemorações dos 900 anos do seu nascimento em Viseu.
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