Durante uma visita às obras da concessão do Douro Interior, na zona de Celorico da Beira, Mário Lino disse que “como conclusão deste processo, o que há a fazer é relançar este processo, abrir outra vez o concurso e reiniciar este processo, porque aquela obra (auto-estrada Viseu/Coimbra) é muito importante”.
“A ligação entre Viseu e Coimbra é uma ligação absolutamente importante para aquela região (…). Portanto, temos é que fazer concursos e temos que fazê-los como deve ser e com rigor”. Na sua opinião, “se as propostas, por qualquer razão, não respondem aos requisitos, não podem ir por diante, tem de se abrir um novo concurso”.
Mário Lino considerou que o processo já transitará para o próximo Governo, referindo que “lá para o fim de Outubro, temos outro Governo a funcionar”.
Para o deputado socialista eleito por Viseu, José Junqueiro, esta decisão do Governo é justificada com a apreciação “não positiva” por parte da comissão de avaliação e que poderá resultar de um problema técnico.
“O problema técnico com o Tribunal de Contas prende-se com o facto de perceber se as obras de artes (cinco que estão em perigo de cair) poderiam ou não ser integradas na concessão ou ser feito um concurso à parte”, explicou.
José Junqueiro diz que o anúncio não é um recuo, pois “a decisão está assumida”. “A auto-estrada entre Viseu e Coimbra é para avançar. Não está em questão fazer ou não. É fazer”, sustentou.
Já o deputado do PSD, Almeida Henriques, anunciou que “esta anulação não é surpresa, era o que eu esperava”. “Vem provar que foi um erro andarem (os socialistas) quatro anos para preparar um concurso que acaba por ser anulado, porque custa mais do dobro do que estava previsto. Foi um duro golpe no desenvolvimento de Viseu”.
Segundo o deputado social-democrata, “foi errado juntar no mesmo concurso a ligação Viseu-Coimbra, Mangualde-Canas de Senhorim e todo um conjunto de estradas que não tem a ver com esta. Se fosse só Viseu-Coimbra, estaríamos a adjudicar e não a anular o concurso.”
Sem comentários:
Enviar um comentário