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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um GNR de Ourém foi, esta quarta-feira, condenado a...

Um GNR de Ourém foi, esta quarta-feira, condenado a dois anos de prisão pelo crime de corrupção passiva para acto ilícito. A pena ficou suspensa por igual período.


O colectivo deu como provado que o militar, de 51 anos, recebeu 100 euros para não proceder ao levantamento do auto de contra-ordenação de uma condutora que passou um sinal vermelho.


Joaquim Coelho foi ainda condenado na pena acessória de proibição de exercer as suas funções durante dois anos. O arguido estava já suspenso desde 4 de Julho de 2007, quando foi detido pelos militares do seu posto.


"A sua conduta é extremamente grave e altamente reprovável" afirmou a presidente do colectivo de juízes do Tribunal de Ourém, acusando o arguido de "de forma leviana ter-se deixado vender". "O senhor com 34 anos de serviço tinha a obrigação de não se deixar corromper" disse, ainda, Cristina Sousa, acusando Joaquim Coelho de "ter colocado em causa a imagem de credibilidade da força policial que representa".


O facto de ao longo dos 34 anos ter cumprido "zelosamente" as suas obrigações e de ter "assumido a autoria dos factos, retratando-se e apresentado vergonha pelo que fez", levou a que os juízes optassem por uma pena de dois anos de prisão (moldura penal oscila entre um e oito anos). O caso ocorreu a 22 de Junho de 2007 em Ourém. Cristina Vieira, depois de passar um entroncamento, estando a luz verde do semáforo accionada, ficou imobilizada em pleno entroncamento atrás de um veículo pesado. A condutora avançou, já o semáforo estava vermelho. No local, estava o arguido numa viatura da GNR que, quando Cristina lhe disse que ficaria sem carta se fosse multada, insinuou que lhe tiraria a multa a troco de cem euros. Ela aceitou mas depois denunciou o caso ao comandante da GNR de Ourém.


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