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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Marc Lastavel garantiu ter deixado num contentor do lixo a arma que matou o...

Marc Lastavel garantiu, esta quarta-feira, ao colectivo de juízes do Tribunal de Leiria ter deixado num contentor do lixo a arma que matou o presidente do grupo Os Mosqueteiros, a 31 de Agosto do ano passado. E disse ter avisado a polícia.


De acordo com o seu depoimento, a arma - uma caçadeira de calibre 22 - foi colocada dentro de um contentor "no início da estrada" que liga Leiria a Ourém. Segundo Lastavel, após o crime, quando se dirigia à residência da vítima, optou por abandonar a arma.


"Ela era a causa daquilo que tinha acontecido. Não podia chegar, de forma alguma a Ourém com a arma", sustentou, adiantando que quando foi detido, a 4 de Setembro, em Pau, em França, avisou "a polícia portuguesa e francesa" onde tinha colocado a arma.


Sobre as quatro balas encontradas dentro da viatura de António Figueira e apreendidas em França, Lastavel diz que "se quisesse agir de má fé e ser mau, não tinha deixado as balas no carro".


Respondendo as perguntas do procurador Carlos Andrade, sobre os motivos que o levaram a colocar uma toalha envolvendo a cabeça do empresário, o suspeito garantiu que "foi para o proteger" e "por uma questão de respeito" para que "não ficasse ali como um animal".


O magistrado quis ainda saber a razão porque Lastavel não pediu auxílio, já que a cerca de 100 metros do apartamento onde ocorreu o crime há um quartel de bombeiros. O arguido diz ter "problemas de comunicação", já que garante não falar português, e que desconhecia a existência do número de emergência (112).


"Esta não foi uma coisa programada na minha vida" afirmou.


O advogado da família da vítima quis saber as razões que levaram o suspeito a usar um nome falso quando se hospedou num motel, em França. "Não tinha de apresentar documentos", justificou. O julgamento continua no próximo dia 9.


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