O cadáver de um jovem de 25 anos foi descoberto numa viatura carbonizada, na madrugada de sábado, no Cartaxo, Santarém. Homicídio é uma hipótese encarada pela Polícia Judiciária, que está a investigar e já ouviu várias pessoas.
O caso surgiu na sequência de um telefonema para a PSP do Cartaxo, cerca das 4.30 horas, dando conta de um incêndio numa zona da Estrada Nacional 3 (EN3). A PSP avisou a GNR, uma vez que o incidente estava a acontecer na sua área de intervenção. Ao mesmo tempo, foram avisados os bombeiros do Cartaxo.
Tratava-se de um carro (um Volkswagen Golf), que estava a arder num caminho de terra batida que dá acesso à EN3. Só quando os bombeiros já tinham praticamente extinto as chamas é que descobriram no interior do carro um cadáver carbonizado.
A GNR chamou a PJ e já durante a manhã o corpo foi identificado como sendo Hélio Cruz, de 25 anos, feitos na última quinta-feira, e que residia em Casais de Lagartos, Cartaxo, a 600 metros do local onde foi encontrado morto.
"Era o meu filho", contou Fernando Cruz, de 55 anos, recordando que a última vez que viu o filho com vida foi "pouco antes da meia-noite". "Estive com ele num café. Ele estava bem e depois foi com amigos para um bar em Pontevel", recorda.
O carro pertencia ao irmão da vítima, mas Hélio conduzia-o com frequência, como aconteceu nessa noite. Terá saído de Pontevel, cerca das 4.00 horas, para se dirigir para casa, ao volante do Golf.
As autoridades acharam estranho que o cadáver tenha sido encontrado no lugar do pendura e mais estranho ainda que estivesse com as costas apoiadas na porta, uma perna no banco e a outra caída no fundo do veículo. Por outro lado, o carro estava imobilizado numa estrada de terra batida, onde praticamente só há espaço para a passagem de um veículo.
Vários amigos de Hélio Cruz foram já ouvidos pela PJ, no sentido de esclarecer o que realmente aconteceu nas horas que antecederam a morte do jovem. Fernando Pé Curto, que conhece bem os pais da vítima, assim como o próprio Hélio, salientou ao JN que "ele era uma jovem como outro qualquer". "Tinha as suas coisas, mas não dava problemas a ninguém. Isto é tudo muito estranho", afirma.
A vítima era operário numa fábrica da zona de Azambuja há nove anos, segundo um amigo e colega.
A autópsia deverá ser realizada amanhã.
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