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Radio Viseu Cidade Viriato

sábado, 19 de setembro de 2009

Em Espinho, Portas voltou a ser confrontado por populares exaltados...

Arruada do CDS


Por terras socialistas, a campanha do CDS teve esta tarde momentos de alguma tensão. A arruada, que na agenda estava marcada como sendo uma passagem pela romaria que só começa este domingo, até começou bem. Algumas dezenas de militantes receberam entusiasticamente Paulo Portas, pedindo beijinhos, autógrafos e desejando boa sorte.


Mas poucos metros mais à frente começaram a ouvir-se as provocações. «Vai mas é trabalhar. A feira cá não é hoje», diziam dois idosos sentados no muro da marginal.


Acompanhe tudo sobre a campanha no blog especial das eleições link externo


Portas voltou-se para o outro lado e continuou a arruada, acompanhado pelos militantes locais. Mas logo a seguir, mais um episódio. «Há três anos eu estava a passar fome e ninguém foi capaz de me ajudar. Andam aí todos a coçar o rabo», dizia um popular. E entre os apoiantes do CDS houve quem não se contivesse e tivesse mesmo começado a discutir com o homem. «Vai mas é tomar banho que o mar é aqui ao lado. Vai matar-te», dizia um dos que acompanhava Portas.

Outro homem surge e chama «racista» a Paulo Portas, acusando-o de não gostar de ciganos.


O líder do CDS evitou a confusão e fez uma pausa para café. Quando voltou à rua, Portas ouviu um homem que discutia exaltado sobre o actual modelo do «rendimento mínimo», as desigualdades das pensões e a idade da reforma, Portas olhou desconfiado até que lhe disseram: «este é seu apoiante». Então, foi cumprimentá-lo.

O ambiente acalmou depois e Portas prosseguiu depois a tradicional campanha de beijinhos, autógrafos e de poses para a fotografia que muitos querem tirar com o telemóvel.


«Se aparece imensa gente a apoiar e dar força e alguns a criticar, primeiro acho que é democrático, não sou como o engenheiro Sócrates, não fico zangado», disse o líder do CDS mais tarde, desvalorizando os episódios tensos que têm acontecido em acções de rua. «Eu defendo quem trabalha, quem perdeu o posto de trabalho, quem tem o seu pequeno negócio. Se há outros que não querem trabalhar e querem viver à custa do contribuinte, não concordo», disse Paulo Portas.

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