domingo, 17 de maio de 2009

Noruega venceu o 54 Festival da Eurovisao com a cancao "Fairy Tale" (Conto de Fadas).

"Fairy Tale" (conto de fadas), a canção representante da Noruega, interpretada por Alexander Rybak, obteve uma vitória esmagadora no 54.º Festival da Eurovisão, realizado em Moscovo. À canção portuguesa coube o 15.º lugar.

A vitória norueguesa não foi uma surpresa, dado que Alexander Rybak, originário da Bielorússia, era considerado nos bastidores do festival e nas sondagens como um dos favoritos. Em segundo lugar ficou a Islândia e em terceiro o Azerbeijão.

A prestação portuguesa, pelos Flor-de-Lis acabou por se traduzir num dos melhores resultados de sempre. Apenas dois lugares atrás da canção interpretada por Vânia Fernandes ("Senhora do mar") que no ano passado registou a 13.ª posição.

Os Flor-de-Lis receberam, contudo, largos elogios da imprensa russa. A voz de Daniela Varela foi considerada uma das melhores, entre as 25 prestações.

Coube à Lituânia abrir a competição e a última canção a ser apresentada foi a espanhola. A votação esteve a cargo de 42 países.

Para os Flor-de-Lis, para trás ficaram dias intensos de trabalho e sensações. "Senti uma emoção muito, muito grande", referiu Daniela Varela lembrando os momentos em que enfrentou pela primeira vez o público presente no pavilhão Olímpico de Moscovo, durante a primeira meia-final, e viu "as bandeiras a agitarem-se e toda aquela gente a gritar 'Portugal, Portugal'".

"Naqueles dois minutos antes de começar, que em Portugal e na televisão não se viram, nós estivemos ali a vibrar com toda a gente a gritar 'Portugal'", explicou, por seu lado Ana Sofia, adiantando que, "quando a música começou e as câmaras finalmente mostraram o que estava a acontecer no palco, nós já estávamos em delírio. Foi uma simpatia enorme a forma como nos receberam".

Ana Sofia reconhece que os Flor-de-Lis são "uma banda de sonhadores" e que "é fácil, com muito pouco, irmos às nuvens", mas sublinha que "foi muito forte para a o grupo. "Nós não estamos habituados a pisar palcos com esta dimensão, vermo-nos num mundo de emoções novo e é até difícil de controlar. É muito bom sentir o público". "Emocionar-se faz parte da nossa natureza", sublinha Daniela, que acha que "Portugal é um país muito musical, com muito boa música, muito boa melodia e grandes intérpretes".

Quanto à tensão e competitividade nos bastidores entre os intérpretes dos diversos países, Daniela desmistifica. "É um ambiente descontraído, e fizemos as nossas "jam sessions" com o pessoal dos outros países. Foi muito giro. Não vimos diferença, mais competição ou maior agressividade por causa do pódio. As amizades que ficaram, ficam". Os instrumentos e a alegria portuguesa levaram a que, nos bastidores até israelitas e checos tenham participado em sessões em que se tocava o "corridinho" e o "vira".

No que diz respeito às expectativas que levavam para a final de ontem à noite, Pedro Marques não escondeu que gostava "de atingir o melhor lugar possível", mas foi adiantando que havia músicas muito fortes: "Houve realmente melodias muito boas, presentes neste festival da canção".

Deve-se ainda sublinhar que alguns dos concorrentes têm por trás uma potente máquina comercial, "vêem de outros programas televisivos, são internacionalmente conhecidos, com uma carreira, CD's, e têm as editoras por trás, que trabalham". Mas o autor de "Todas as ruas do amor" prometia que a "simplicidade" e prestação em palco da banda lhes daria o melhor resultado possível.

Final resultados

1	Noruega	387
2	Islandia	218
3	Azerbaijao	207
4	Turquia	177
5	Reino Unido	173
6	Estonia	129
7	Grecia	120
8	Franca	107
9	Bosnia Herzegovina	106
10	Armenia	92
11	Russia	91
12	Ucrania	76
13	Dinamarca	74
14	Moldavia	68
15	Portugal	57
16	Israel	53
17	Albania	48
18	Croacia	45
19	Romenia	40
20	Alemanha	35
21	Suecia	33
22	Malta	31
23	Lituania	23
24	Espanha	23
25	Finlandia	22