A ministra da Saúde, Ana Jorge, disse esta terça-feira que a maior preocupação relacionada com a gripe A é a facilidade de transmissão do vírus e lembrou as consequências que a doença traz ao nível do absentismo nas empresas.
Depois de discursar ontem de manhã na Assembleia Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), que decorre em Genebra, Ana Jorge contou, à agência Lusa, que a comunidade médica está "preocupada" e desconhece a evolução da doença, para a qual ainda não há uma vacina.
"Aquilo que tem sido discutido sobre a gripe, que nos preocupa a todos, é que ainda não se consegue saber o que vai acontecer (...). Sabemos que o vírus, que está em todos os pontos onde existem casos, é sempre o mesmo, mas ninguém pode prever o que vai acontecer", afirmou Ana Jorge, contactada telefonicamente pela Lusa em Genebra.
Ana Jorge realçou que a "transmissão [do vírus] é muito fácil e que a gravidade clínica se mantém ainda como gravidade não muito alta".
"A preocupação maior é a facilidade com que se propaga e a consequência disso é o absentismo que provoca no trabalho, nas escolas" referiu.
Quanto a vacinas, a ministra disse que ainda não há nada de concreto, admitindo, contudo, a possibilidade de mais informações nas próximas horas ou dias.
"Sobre vacinas também nada há ainda de concreto, não está ainda identificada a possibilidade de fazer de imediato a vacina. Talvez hoje [ontem] ao fim do dia ou amanhã possa haver mais alguma informação sobre isso", referiu.
Entretanto, o grupo farmacêutico suíço Novartis anunciou que recebeu o novo vírus A (H1N1) e aguarda autorização da OMS para iniciar a produção de uma vacina.
Portugal reportou apenas um caso confirmado de infecção e ontem mesmo, o Ministério da Saúde anunciou que uma mulher que estava internada desde segunda-feira no Hospital de S. João, no Porto, não está infectada pelo vírus da gripe A (H1N1).
Os voos para o México deverão ser reactivados em Junho, disse hoje o vice-presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), acrescentando que os cancelamentos de viagens não geraram prejuízos.
Um milhar de casos suplementares de gripe A (H1N1) foram diagnosticados em 24 horas no mundo, indicou ontem a OMS, que contabiliza 9830 pessoas infectadas e 79 mortas em 40 países.
O México (mais 545) e os Estados Unidos (mais 409) são os países que mais contribuem para o aumento de casos registados pela OMS.
Sem comentários:
Enviar um comentário