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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Quem quer ser Nadador-salvador...

Portugal não tem nadadores-salvadores suficientes para assegurar a assistência aos banhistas. Concessionários de todo o país estão com dificuldades em fazer contratações, o que pode pôr em causa o início da época balnear.


"Não há número suficiente de nadadores-salvadores. É um problema transversal que afecta todas as regiões do país", denuncia Luís Carvalho, presidente da Associação de Concessionários de Bares e Praias da Zona Norte e da Federação Portuguesa de Concessionários de Praia, recentemente constituída.


"Não há dois nadadores-salvadores por concessão, o que é gravíssimo", realça também o vice-presidente da federação, João Carreira, recusando abrir a época balnear [1 de Junho] sem garantias de que não serão passadas multas.


"Não queremos ser autuados por uma situação que não pudemos controlar", avisa o também presidente da Associação de Concessionários da Costa de Caparica e da Fonte da Telha, acreditando, contudo, que a secretaria de Estado da Defesa e dos Assuntos do Mar aceite as propostas apresentadas a 12 de Maio. Os concessionários sugerem "que seja permitido abrir provisoriamente com um nadador-salvador por cada concessão", conta Luís Carvalho, de Espinho. "O que propusemos foi um sistema integrado de meios para salvamento, com menos nadadores-salvadores, mas mais rádios e motas de água", pormenoriza João Carreira, explicando que os nadadores-salvadores "podem deslocar-se rapidamente entre praias e ajudar-se uns aos outros". Esta proposta está aliás prevista na lei, como adiantou o porta-voz do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), Galhardo Leitão. "Se houver outro material de praia, naturalmente que todo o dispositivo pode ser alterado mediante o parecer do ISN", garante, negando que este ano haja menos profissionais habilitados para fazer salvamentos nas piscinas, praias fluviais e praias marítimas de todo o país.



"Temos cerca de 5940 nadadores-salvadores certificados que poderão ser contratados pelos concessionários, quando as necessidades são de 2000 a 2500", nota Galhardo Leitão, que atribui a falta de nadadores-salvadores disponíveis às leis da oferta e da procura. "O facto de se formarem pessoas não quer dizer que estejam disponíveis para trabalhar nas praias", refuta Luís Carvalho, aguardando indicações da secretaria de Estado, que não respondeu em tempo útil aos esclarecimentos.

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