O Estado português melhorou ligeiramente o prazo de pagamento aos seus fornecedores, mas continua a ser o pior pagador da União Europeia. Já os consumidores e as empresas estão a demorar mais tempo a pagar as suas contas: os primeiros adiam os seus pagamento por mais uma semana e os segundos por mais nove dias, face ao ano passado. As conclusões integram o Índice de Pagamentos Europeus para Portugal, um estudo realizado pela Intrum Justitia em 25 países europeus e divulgado hoje em Lisboa.
'A hipótese de receber os pagamentos atempadamente da parte dos clientes, das empresas e das entidades públicas tem vindo a piorar nos últimos meses de acordo com a maioria dos inquiridos prevê-se que a situação se possa agravar', sublinhou o director da Intrum Justitia para a Península Ibérica, Luís Salvaterra, alertando para o facto de Portugal continuar a ser 'o País com o índice mais elevado de risco que diz respeito a prazos de pagamento'.
Curiosamente, as empresas esforçam-se por pagar primeiro às entidades públicas. O impacto dos atrasos nos pagamentos por parte do estado tem grande impacto na economia, sublinha Luís Salvaterra. 'Se os Estados pagassem, haveria uma injecção na economia europeia da ordem dos 64 mil milhões de euros', quantifica aquele responsável da Intrum Justitia, a maior consultora europeia de serviços de gestão de crédito e cobranças.
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