A directora e uma funcionária do Colégio de Santa Clara, da Casa Pia, em Lisboa, foram suspensas por causa de mais um caso de abusos sexuais na instituição: um rapaz de 13 anos violou outro de oito e terá, também, abusado do irmão deste.
Sete anos depois do escândalo de pedofilia que abalou o país, a Casa Pia volta a ser falada negativamente por causa de mais um caso de abusos sexuais. Desta vez, sem envolver figuras públicas como arguidos (Carlos Cruz e o diplomata Jorge Ritto, entre outros), como no caso de pedofilia entre adultos e alunos do Colégio Pina Manique, o drama vive-se entre alunos do Colégio de Santa Clara: um rapaz de 13 anos é acusado de ter violado outro de oito e de ter abusado sexualmente de um irmão deste, com dez anos.
Os dois irmãos, segundo noticiou ontem o jornal "24 Horas", que denunciou o caso, terão sido abusados repetidamente não confirmou se se há mais rapazes entre os abusadores. Certo é que mal tomou conhecimento do caso, a mãe decidiu retirar as crianças da Casa Pia, instituição que tem à sua guarda cerca de 350 crianças, em vinte unidades de acolhimento, retiradas à família.
Os abusos sexuais terão ocorrido entre Janeiro e o início de Março, tendo sido nesse mês que as crianças foram levadas para viver com a mãe - de quem a Comissão de Protecção de Menores as havia retirado no ano passado.
A situação provocou um profundo mal estar entre a direcção daquele colégio e a da Casa Pia, que, segundo afirmou a sua presidente, só tomou conhecimento quando foi contactada pela Comissão de Protecção de Menores.
Por esse motivo, Joaquina Madeira instaurou um inquérito para apurar responsabilidades e, enquanto decorre o processo disciplinar, foi decidido suspender imediatamente a directora do colégio (que estava em comissão de serviço) e uma funcionária (transferida para outro colégio).
As crianças desta situação que Joaquina Madeira classifica de "intolerável" - tanto o transgressor como as vítimas - continuam a ter acompanhamento psicológico. Os irmãos deverão, inclusivamente, mudar de escola.
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