Dia decisivo para os cerca de 185 trabalhadores incluídos no processo de despedimento colectivo da Delphi da Guarda e que está previsto deixarem a empresa no primeiro trimestre deste ano.
A administração reúne esta tarde com os sindicatos, numa altura em que ainda não foram entregues as cartas de despedimento, sendo que a lei estabelece que tenham que ser entregues com 60 dias de antecedência.
"No caso dos despedimentos anunciados se verificarem em Março, o normal seria que a empresa já tivesse enviado as cartas em Janeiro, o que não aconteceu. Mas não temos indicação sobre quais as intenções da administração relativamente a estas pessoas", adianta Vítor Tavares. No entanto, o delegado do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas (STIMM) acrescenta que se a Delphi não cumprir aquele prazo sempre poderá pagar "o tempo correspondente". De resto, foi assim com os 15 funcionários que em Dezembro saíram juntamente com os primeiros 300 dispensados deste despedimento colectivo anunciado em Maio do ano passado.
Uma das explicações para esta situação poderá estar relacionada com o prolongamento até Abril de uma das linhas de produção que era suposto terminar em Março. "O resto são rumores", refere o sindicalista, escusando-se a comentar alegados problemas com cablagens saídas de uma fábrica da Roménia e cujo fabrico poderia ser transferido para a Guarda. "Nestes últimos anos tem sido mais habitual mudar produção para aquele país e para Marrocos. Mas esperemos que o contrário aconteça, tal como em 2007, quando uma encomenda da Opel adiou os despedimentos", recorda Tavares.
No entanto, o delegado do STIMM não esconde que o momento não é de optimismo na Guarda-Gare. "Há trabalho para quem lá está actualmente, mas ainda não temos informação sobre novas encomendas para depois de Março", avisa. Contactada pelo JN, fonte do gabinete de relações públicas da Delphi Portuguesa referiu que a administração não faz "qualquer comentário" relativamente à fábrica da Guarda. A multinacional anunciou, em Outubro, a intenção de despedir 500 pessoas até Março de 2010. Os primeiros 315 saíram no final de Dezembro.Jornal de Noticias
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