O homem que estava aos comandos do helicóptero da Polícia Militar brasileira que foi abatido, sábado, no Rio de Janeiro, falou esta sexta-feira com os jornalistas. O capitão Marcelo Vaz de Souza disse que sentiu a aeronave a ser atingida por «vários» tiros e que tentou fazê-la pousar num local seguro. Mesmo assim não conseguiu evitar que dois agentes morressem.
«Na altura do Morro São João fomos alvejados. Fizemos um procedimento de emergência e no final eu estava sem motor. A aeronave tombou à esquerda e o fogo consumiu rapidamente», disse o militar, citado pelo site «G1».
Depois, Marcelo Vaz de Souza explicou: «Eu sai, o capitão Marcelo Mendes saiu, o cabo Patrício saiu, apesar de estar com um tiro na perna, o cabo Fernandes estava próximo à aeronave, eu o arrastei, levei para um local mais seguro. E infelizmente o soldado Canazaro e o soldado Standler não conseguiram sair».
Estas declarações foram feitas antes do início de uma cerimónia religiosa em memória dos militares mortos neste incidente.
O «G1» dá conta que esta sexta-feira quatro pessoas foram atingidas durante um novo tiroteio, em Vila Cruzeiro, na zona norte da cidade.
Os últimos dados oficiais desta vaga de violência no Rio de Janeiro apontam para 33 mortos e 41 detidos, numa altura em que as operações das autoridades prosseguem.
A violência nas ruas chegou já à Internet. A televisão «Record» noticia que um vídeo musical feito por traficantes defende o ataque ao helicóptero da polícia militar.
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