Ja se pode Funicular ...

Viseu tem desde o passado fim de semana em funcionamento um funicular que liga a zona da Feira de S. Mateus ao centro histórico, considerado fundamental pela autarquia para revitalizar esta zona da cidade.

Previsto há mais de sete anos, este meio mecânico não poluente insere-se nas obras do programa Polis e representa um investimento total de 5,3 milhões de euros.

Américo Nunes, da comissão liquidatária da Viseu Polis, afirmou que o funicular, de utilização gratuita, será "uma mais valia para o centro histórico", nomeadamente para os comerciantes que aí têm os seus negócios.

Muitos deles já tiveram a possibilidade de entrar numa das suas duas carruagens e percorrer os 390 metros que separam a estação da Sé da estação de Viriato, numa via de carris única com cruzamento a meio do traçado.

Cada carruagem tem capacidade para 50 pessoas, podendo o funicular transportar 542 por hora, em cada sentido.

Segundo Américo Nunes, o funicular funcionará entre as 8.30 e as 19.30 horas. Ao início da manhã, hora de almoço e final da tarde circulará de 15 em 15 minutos e, "nas horas mortas", de meia em meia hora. "Mas se houver um número de pessoas que justifique, ele anda na mesma", garantiu, dando como exemplo o caso das excursões.

Os passageiros do funicular poderão deixar as viaturas no recinto da Feira de S. Mateus, onde há lugar para mais de 400 ligeiros e sete autocarros.

Américo Nunes lembrou que o funicular foi financiado em 70 por cento pelos fundos comunitários e que à Câmara só couberam 12 por cento do custo global da obra. "A ideia de fazermos investimentos com rigor e preocupação com a sustentabilidade futura também aqui teve expressão", garantiu, acrescentando que, por outro lado, a Viseu Polis - que representou um investimento global de 50 milhões de euros - não deverá ter prejuízo.

O presidente da autarquia, Fernando Ruas, deu resposta às críticas de falta de segurança no traçado do funicular, referindo-se a um acidente ocorrido na semana passada com um homem que teve de levar 21 pontos numa perna.

Fernando Ruas contou que, através do sistema de videovigilância, visualizou o acidente, concluindo que "a culpa foi do acidentado", que caminhou no meio dos carris.