Um indivíduo tentou estrangular a mulher com um arame mas foi impedido pelo filho, de 15 anos. Foi detido por tentativa de homicídio e violência doméstica. O tribunal de Famalicão libertou-o e proibiu-o de se aproximar da família
Tudo terá acontecido cerca das 19.30 horas do passado sábado, na vila de Joane, Famalicão, num "quadro de violência doméstica já habitual", segundo uma nota divulgada ontem pela Directoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ), cujo inspectores detiveram o alegado agressor.
Durante uma discussão, o homem, um carpinteiro, de 45 anos, terá alegadamente tentado estrangular a esposa com um fio eléctrico tendo-a ameaçado verbalmente e com navalhas assim como ao filho de ambos e a outros familiares.
O filho, um adolescente, de 15 anos, tinha vindo em socorro da mão e acabou por ser decisivo para que o caso não tivesse um desfecho trágico ao impedir o pai de levar a cabo os seus intentos. Pegou numa marreta e atingiu o progenitor na cabeça, no preciso momento em que este tentava estrangular a sua mãe. A família era alvo de violência doméstica desde longa data e esta seria apenas mais uma "discussão com ameaças verbais e exibição de navalhas".
De acordo com a PJ, mesmo depois de o rapaz ter atingido o pai com a marreta, "o arguido tentou atingir os dois familiares com um machado, o que também não conseguiu por, entretanto, ter sido impedido por terceira pessoa que chegou ao local".
Mãe e filho tiveram de receber assistência médica mas ao que apurámos não sofreram ferimentos graves.
Na rua onde reside o casal os vizinhos ter-se-ão apercebido de que algo de anormal estava a acontecer apenas quando os militares da GNR e os bombeiros chegaram ao local. "Só vi que chegaram duas ambulâncias e estava aí a GNR, mas o que se passou não sei. Às vezes discutiam, mas todos os casais discutem", contou um vizinho que não quis ser identificado.
"Não ouvi barulho e só me apercebi quando chegaram as ambulâncias. Que eu saiba não tinham problemas mas eu também não sei da vida dos outros", contou um outro vizinho, que também preferiu o anonimato.
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