A Polícia de Segurança Pública de Viseu está a investigar tentativas de burlas a diversos empreiteiros da cidade, abordados por indivíduos que mostram interesse em comprar um apartamento, mas cujo único objectivo é reaver, em dobro, o sinal avançado para fechar o negócio
Um casal de etnia cigana anda a enganar empreiteiros da região. Nos últimos dias, os dois burlões têm abordado diversos empresários da região que têm apartamentos à venda em prédios recentemente construídos. Bem vestidos e fazendo-se transportar em automóveis de luxo, o casal apresenta-se como possível comprador junto das vítimas, deixando-as na plena convicção de que se trata de um negócio legítimo.
Qualquer tipo de dúvida por parte do empreiteiro é eliminada com a promessa imediata do pagamento do sinal, que normalmente se cifra entre os 25 e os 50 mil euros.
O contrato é fechado entre as partes e os novos donos explicam que querem utilizar o apartamento o mais depressa possível. Dois ou três dias depois do negócio, o casal contacta o empreiteiro para visitar o imóvel e nessa altura dão-se a conhecer como ciganos, explicando que a família é numerosa e que alguns poderão até acampar nas imediações da nova casa.
A reacção dos empreiteiros é normalmente a de tentarem anular o negócio, caindo assim na armadilha montada pelos burlões, que jogam com a xenofobia existente no país, para reaverem o dobro do sinal adiantado por eles e ao qual têm direito por lei.
Perante a possibilidade de não conseguir vender mais apartamentos ou vivendas, o empresário avança com a indemnização.
Em muitos casos, os cheques, passados com datas adiantadas pelos burlões, nem sequer têm cobertura e nem precisa de ter já que a anulação do negócio é feita antes do mesmo ser depositado.
Em Viseu foram abordados três empreiteiros que só não assinaram o contrato, porque desconfiaram e informaram-se sobre os possíveis compradores. No entanto, em Mangualde, a dupla terá conseguido convencer um empresário que agora é obrigado a pagar uma indemnização no valor de 50 mil euros se quiser anular o negócio.
Fonte das autoridades adiantou que se está perante uma burla, porque os compradores nunca têm a intenção de ficar com o imóvel, aproveitando-se da xenofobia para receberem a indemnização.
A mesma fonte aconselha os empreiteiros a averiguarem, junto de entidades credíveis, a idoneidade dos clientes.
O nosso Jornal sabe que o casal, que nos últimos tempos tem actuado um pouco por toda a região, já está referenciado pela PSP pelo mesmo tipo de crimes que terão cometido na zona de Leiria e Pombal.
VISEU CAPITAL DA BEIRA NO CORAÇÃO DE PORTUGAL CIDADE DE GRÃO VASCO COM A SUA CATEDRAL IMPONENTE NO ALTO DO MONTE
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