Houve foguetes, fogo-de- artifício, música, balões e camisolas verdes de esperança a enfeitar corpos suados pelo calor e pela euforia. A vila de S. Pedro do Sul atingiu "finalmente" o estatuto de cidade.
Durante mais de três horas, nove porcos, mais de mil quilos de carne, derregaram gorduras antes de serem saboreados por centenas de pessoas. Os sampedrenses brindaram a nova urbe. Mas prometem, como fez S. Tomé, esperar para ver "no que param as modas".
"Esperamos que a cidade traga melhorias e mais dinheiro", avisa Carlos Almeida, taxista. "S. Pedro do Sul tem mais razões para ser cidade, do que algumas que já o são há mais tempo", acrescenta o colega Almiro Sebastião.
Outros cidadãos pedem uma central de camionagem, um cinema, um centro de saúde, um parque de estacionamento...
"Não faz sentido termos de ir a Viseu, a um centro comercial, para ver uma sessão de cinema",critica Ana Teresa.
António Carlos Figueiredo, o presidente da câmara, que ontem integrou o grupo de 600 pessoas que foram a Lisboa assistir à votação da elevação da vila a cidade na Assembleia da República, por unanimidade, considera que os projectos votados fazem "justiça" à sua terra.
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