A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, disse que o governo português tem os estudos prontos para avançar com um calendário para a construção do TGV entre Aveiro e Salamanca.
Ana Paula Vitorino, que falava em Aveiro no encerramento do III Encontro Luso-Espanhol de Logística, respondia à urgência manifestada pelo conselheiro de Fomento do governo autonómico de Castela e Leão, António Silvan, que defendeu a prioridade às infra-estruturas comuns de transporte para contrariar a posição periférica a que foram remetidos o Norte e Centro de Portugal e aquela região espanhola, após o alargamento da União Europeia.
A secretária de Estado salientou a comunhão de posições na reunião havida entre o presidente da Junta de Castela e Leão com o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, que anunciou a intenção do governo português em agendar o TGV Aveiro-Salamanca para a próxima cimeira ibérica.
"Entendemos que todo esse eixo deve ser modernizado e da parte portuguesa temos intenção de o fazer de uma forma faseada e acelerando esse processo", esclareceu.
Segundo Ana Paula Vitorino, "neste momento Portugal está em condições de fixar datas e objectivos para essa linha, de que já tem os respectivos estudos, em conjunto com as outras linhas de alta velocidade portuguesa que já estão a seguir o seu curso normal".
António Silvan considerou que o momento de crise económica e social exige a integração de esforços para desenvolver o potencial logístico de Aveiro, Porto e Salamanca, no contexto europeu, alargando o acesso aos mercados mundiais, para o qual "é imprescindível" a inserção nas redes transeuropeias de transportes.
"Essas infra-estruturas requerem uma decisão imediata e é urgente o seu impulso", disse o conselheiro de Fomento do governo de Castela e Leão, concluindo que o corredor E80 deve ser convertido num eixo intermodal, tirando partido da Plataforma Logísitica de Salamanca e dos portos portugueses de Aveiro e Leixões, para ser competitivo no tráfego de mercadorias, criando uma frente comum de desenvolvimento de ambos os territórios, geradora de emprego.
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