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Radio Viseu Cidade Viriato

sábado, 30 de janeiro de 2010

LISBOA - «vários disparos de dissuasão»...

A polícia foi obrigada a efectuar «vários disparos de dissuasão» ao final da tarde desta sexta-feira quando alguns camionistas, que protestam contra nova legislação para os equipamentos de diversão, ameaçaram entrar em contramão na Alameda dos Oceanos, no Parque das Nações, apurou a de fonte policial.

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Segundo a mesma fonte, «os camionistas tentaram entrar em contramão na via que já estava cortada ao trânsito, pondo em perigo a integridade física de agentes e civis. Houve então a necessidade de efectuar vários disparos dissuasão», adiantou, não sabendo, de momento, precisar se os disparos foram efectuados para o ar ou para os pneus dos veículos.

Apesar do grande aparato policial no local e do ambiente hostil, segundo a mesma fonte, não há feridos na sequência dos desacatos, nem detidos. «Há apenas registo de uma pessoa que se sentiu mal devido aos ânimos exaltados», disse.

«A polícia veio atrás de nós aos tiros»

Em declarações um dos manifestantes afirmou que «a polícia veio atrás de nós aos tiros. Parecia-mos uns bandidos». O homem mostrou ainda na mão os projécteis das balas disparadas pela polícia.

Os empresários de diversão acusam ainda a PSP de agredir um dos condutores dos camiões, acusação desmentida pela polícia. Rui Oliveira, um dos manifestantes que presenciou a alegada agressão, disse citado pela Lusa, que «a polícia apontou as armas ao camião, obrigou o condutor a parar a viatura e puxou-o pelo braço para fora do carro».

«Eram cerca de seis ou sete agentes a agredi-lo» e «ele foi para o hospital com dores nas costas», contou ainda, precisando que o condutor, de 37 anos, seguia acompanhado pelo filho, de 13, que também terá sido agredido.

Marcelo Matias, 20 anos, que seguia no camião atrás do do condutor alegadamente agredido, disse que não foi «atingido pelas balas de borracha que a polícia disparou por muito pouco».

A PSP nega a acusação, garantindo que «não houve confrontos físicos com nenhum dos manifestantes» que se mantêm no Parque Tejo e que «o homem foi encaminhado numa ambulância do INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica] para o hospital só porque se sentiu mal».

O incidente ocorreu, segundo Rui Oliveira, quando os camiões se preparavam para iniciar uma marcha lenta, sem autorização da polícia. A marcha lenta foi, entretanto, cancelada, já que os manifestantes da Associação Portuguesa de Empresários de Diversão (APED) pretendiam sair às 18:00 quando a autorização do Governo Civil de Lisboa só começava a partir das 19:30, adiantou à Lusa o comandante Jorge Barreira, do Comando Metropolitano de Lisboa.

Além disso, segundo a polícia, os manifestantes recusaram-se a cumprir o itinerário autorizado pelo governo civil, bem como o sugerido pela PSP.

Os empresários de diversão começaram a dispersar pelas 22 horas e foram escoltados pela PSP até à saída da cidade. Uma nova manifestação está autorizada pelo Governo Civil de Lisboa para sábado e a saída será feita do Parque das Nações, em Lisboa, às 13:00.

Testemunhas no local disseram que as autoridades bloquearam ao trânsito a saída da Alameda dos Oceanos. Anteriormente, a PSP já tinha confirmado que a via entre a rotunda do rio Trancão e a rotunda do Parque das Nações.

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