Uma unidade de limpeza de neve vai ser instalada na cidade da Guarda e deverá estar a funcionar a partir de Outubro.
A criação do futuro Centro Municipal de Limpeza de Neve da Guarda envolve a autarquia, a Unidade Local de Saúde (ULS), a Estradas de Portugal e o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), que se associaram à iniciativa depois de um desafio lançado pelo governador civil Santinho Pacheco, face aos problemas registados este ano nos dias de neve e de gelo.
Santinho Pacheco anunciou que, na semana passada, reuniu em Lisboa, juntamente com o presidente da Câmara, com o ministro da Administração Interna, que deu "luz verde" para o avanço do projecto.
Segundo o governador civil da Guarda, irá ser preparada uma candidatura, de um montante superior a 300 mil euros, a enviar ao Ministério da Administração Interna (MAI), para aquisição de três veículos que ficarão ligados à futura unidade de limpeza de neve.
A componente nacional da candidatura a apresentar ao MAI será dividida pelas quatro entidades envolvidas, explicou, adiantando que será adquirido um equipamento pesado para limpeza de neve, um ligeiro (para intervenção nas artérias da zona envolvente do hospital e nas ruas mais estreitas da cidade) e uma retroescavadora para depositar o sal nos veículos de distribuição.
"Em vez da construção de um silo para o sal, optámos pela aquisição de uma retroescavadora para carregamento do sal e para operar no Verão, nos fogos florestais", justificou.
Segundo Santinho Pacheco, "as viaturas ficarão entregues" à Câmara Municipal da Guarda, acreditando que, quando estiverem a operar, darão "uma resposta mais eficaz" na abertura das vias em dias de neve ou gelo.
"Queremos que lá para Outubro tudo isto já esteja no terreno, para que no primeiro nevão da época 2010/2011 este equipamento esteja a atuar", disse.
Já o presidente da Câmara da Guarda, Joaquim Valente, considerou que esta conjugação de esforços "foi uma boa ideia e uma excelente iniciativa".
Admitiu que com os novos meios de limpeza de neve "ganha-se na rapidez da intervenção" e será dada "uma resposta eficaz" quando neva ou se verifica a formação de gelo na cidade.
Joaquim Valente mostrou-se esperançado que, no futuro, a neve deixe de ser "um obstáculo" para os investidores e passe a ser um "novo produto" turístico, evitando-se que "cada vez que haja um nevão, a Guarda fique parada".
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