Carlos Queiroz assumiu à chegada a Varsóvia, neste sábado, o desentendimento no aeroporto de Lisboa com o comentador televisivo Jorge Baptista. Este queixa-se de agressões físicas por parte do treinador. Refira-se que Baptista também colabora com a UEFA há vários anos e rumou à Polónia na condição de delegado do organismo.
O seleccionador nacional admitiu apenas uma «troca de palavras entre ambos e «uns empurrões» na manga de acesso ao avião, mas que «não passou disso» e que, depois, já durante o voo, terão conversado e «ultrapassado» o incidente.
O técnico não quis alongar-se em explicações, refugiando-se no carácter pessoal do incidente. «São assuntos privados. Quais são as questões sobre o campeonato da Europa?», disse, relegando, ainda, para segundo plano o cargo de «media officer» da UEFA de Jorge Baptista: «Isso não tem significado nenhum. Quando falo com pessoas que conheço há 20 anos, falo com pessoas e não com cargos.»
Já Jorge Baptista disse ter sido provocado e agredido por Carlos Queiroz, em declarações à agência Lusa, mas não quis adiantar outros pormenores. À SIC, o jornalista confirmou ter sido agredido pelo seleccionador e contrariou as declarações deste.
«Houve mais do que uma troca de palavras, houve ataque físico. Eu estava a tomar o pequeno-almoço e a falar ao telefone com um colega da UEFA quando ele começou a provocar-me. Eu reagi e depois agrediu-me, deu-me um soco, tentei reagir, tentei dar-lhe dois pontapés. Acabou com os passageiros a puxarem-me e dois elementos da Federação a puxá-lo. Ele estava fora de si e eu não estava à espera, porque não se espera que um seleccionador nacional parta para cima de um jornalista/comentador», contou Jorge Baptista.
Fora de hipótese está a apresentação de queixa contra Carlos Queiroz. «Não falei com ninguém da Federação. Ele veio sentado à minha frente, vínhamos na mesma zona do avião e não houve mais troca de palavras. O assunto morreu ali e só pedi desculpa às pessoas pelo espectáculo pouco digno entre dois adultos», garantiu.
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