Presidente da Cruz Vermelha francesa, Jean-François Mattei, alerta para a iminência de "uma segunda tragédia" no Haiti com a chegada da estação das chuvas.
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Mãe dá banho à filha entre os escombros em Leogane |
"Não temos os meios para responder às necessidades dos haitianos atingidos por esta calamidade sem precedentes", disse, referindo-se ao sismo que, a 12 de Janeiro, abalou o país, provocando a morte de mais de 200 mil pessoas.
O forte sismo, de 7,0 na escala aberta de Richter, devastou a capital do país, Port-au-Prince, e as zonas envolventes, instalando o caos no país, que já era a nação mais pobre do continente americano.
"O pior está para vir com a chegada da estação das chuvas, dentro de seis semanas", advertiu Jean-François Mattei, recordando que essa estação "é marcada por chuvas torrenciais, inundações e deslizamentos de terra".
"É preciso colocar em segurança o máximo número de pessoas", afirmou, recordando haver uma estimativa de 400 mil a 1,2 milhões de desalojados.
O presidente da Cruz Vermelha francesa considerou que "muito poucos franceses se mobilizaram" para ajudar os haitianos.
A CRF recolheu 11,5 milhões de euros, enquanto as congéneres norte-americana e canadiana (da Cruz Vermelha) receberam, respectivamente, 160 milhões de dólares (116 milhões de euros) e 116 milhões de dólares (79,5 milhões de euros), disse.
Até ao momento, mais de 600 colaboradores da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho de 22 países foram enviados para o Haiti onde apoiam a Cruz Vermelha haitiana.
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Crianças brincam num campo de desalojados em Leogane |
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