Um taxista chinês acorrenta o filho de dois anos a um poste, para poder ir trabalhar sem medo de o perder, adianta a BBC. Chen Chualiu perdeu a filha de quatro anos no mês passado e declara que acorrentar o filho era a única maneira de garantir a sua segurança.
«Não tenho sequer uma foto da minha filha para pôr num anúncio. Não posso perder o meu filho também», afirmou.
Chen Chualiu sustentou que a mulher, com deficiências mentais, não pode tomar conta das crianças e que não têm direito a uma creche do Governo. «Eu tenho que sustentar a minha família», disse.
Desde que se soube da história, várias pessoas ofereceram dinheiro à família para adoptar as crianças, mas o taxista recusou. Os vizinhos consideram-no um bom homem, que cuida bem dos filhos, acrescentando que muitas pessoas gostariam de ajudar.
O Governo distrital tentou convencê-lo a regressar a Sichuan, terra natal, mas também esta sugestão foi recusada. «Pelo menos aqui posso ganhar algum dinheiro. Se for mandado de volta para a minha cidade natal em Sichuan, não vou ter nada», afirmou.
A falta de creches para filhos de trabalhadores migrantes é um problema que afecta várias famílias, de acordo com um funcionário do distrito de Fangshan.«Este menino chamou a atenção por causa das correntes, mas há muitas crianças de famílias migrantes deambulando pelas ruas de Pequim, que não estão protegidas por nenhuma política do Governo», salientou.
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