A derrocada de um viaduto em obras, à saída do túnel de Dos Valires, em Massana, Andorra, matou pelo menos quatro portugueses e feriu seis, que já foram hospitalizados. De acordo com a Secretaria de Estado das Comunidades, há ainda um desaparecido, que deverá estar morto.
Um outro trabalhador, que esteve preso nos escombros durante várias horas, foi retirado com vida e levado para o hospital, mas acabou por falecer.
Já era noite quando o trabalhador foi retirado e não aguentou, após demasiadas horas preso no cimento. Segundo fontes no local a principal causa terá sido a hipotermia.
O Governo português não pôde ainda confirmar que a pessoa desaparecida seja cidadão nacional, embora uma fonte no local tenha dito que sim. A confirmar-se a morte desta pessoa, serão cinco as fatalidades.
Ao final da tarde de sábado, uma fonte da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas confirmava que havia «três portugueses mortos confirmados». «Há cinco feridos em Andorra e um, em estado grave, que foi transportado para Barcelona», apontou ainda a mesma fonte.
Agora com mais um óbito o número oficial sobe para quatro. Contando com o trabalhador ainda desaparecido, a cifra final deverá ficar em cinco vítimas mortais.
Em declarações à Lusa, o conselheiro das comunidades portuguesas em Andorra, José Manuel Silva disse este domingo de manhã que «quanto ao ferido grave em Barcelona temos informação que está fora de perigo.
Em declarações o empresário António Martins, que se encontra no local, disse que a pessoa também será portuguesa. A mesma fonte avançara, anteriormente, que duas das vítimas mortais seriam das regiões do Gerês e de Trás-os-Montes.
No local, estão as autoridades e os bombeiros. «Há um monte de ferro e betão», contou António Martins. «A polícia e os bombeiros não nos dizem nada», acrescentou a meio da tarde o português, que não assistiu ao acidente, que aconteceu por volta das 11h (em Lisboa), mas chegou pouco depois ao local.
«O cimento ficou duro e prejudicou o trabalho dos bombeiros», contou o empresário que assistiu à retirada das vítimas dos escombros e disse anteriormente que se ouviam gritos vindos dos destroços da estrutura que se abateu.
Na obra, trabalham cerca de 100 portugueses, disse António Martins. «95% dos trabalhadores são portugueses», garantiu.
As autoridades ainda não avançaram qual o motivo para a derrocada, mas já foi aberto um inquérito ao caso, que não é inédito. Outros dois acidentes anteriores na mesma obra provocaram a morte de outros dois portugueses.
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