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Radio Viseu Cidade Viriato

quarta-feira, 11 de março de 2009

Linha da Beira Alta

[Esconder]Linha da Beira Alta
STRrg

Linha do Norte → Lisboa Santa Apolónia
BHF
0,0 Pampilhosa
HST
4,0 Vacariça
HST
6,3 Pego
BHF
9,2 Luso-Buçaco
HST
13,2 Trezoi
HST
17,4 Soito
HST
20,8 Monte de Lobos
BHF
23,5 Mortágua
BHF
35,4 Santa Comba Dão

Linha do Dão Viseu
HST
39,8 Castelejo
HST
43,6 Papízios
BHF
47,9 Carregal do Sal
BHF
52,3 Oliveirinha-Cabanas
eHST
53,9 Fiais da Telha
HST
56,7 Lapa do Lobo
BHF
58,7 Canas-Felgueira
eHST
61,1 Urgeiriça
HST
65,1 Folhadal
BHF
66,8 Nelas
HST
73,5 Moimenta-Alcafache
BHF
78,1 Mangualde
BHF
83,4 Contenças
HST
89,5 Abrunhosa
BHF
93,8 Gouveia
BHF
101,8 Fornos de Algodres
eHST
107,2 Muxagata
eHST
110,3 Vila Boa do Mondego
BHF
117,5 Celorico da Beira
HST
122,8 Baraçal
HST
125,6 Maçal do Chão
BHF
131,4 Vila Franca das Naves
eHST
134,3 Cerejo
eBHF
136,9 Pinhel
eHST
141,9 Trajadinha
HST
149,2 Sobral
BHF
155,9 Guarda
ABZrf

Linha da Beira Baixa Entroncamento
HST
160,0 Gata
HST
163,1 Vila Garcia
HST
166,5 Vila Fernando
HST
171,6 Rochoso
BHF
175,5 Cerdeira
HST
178,7 Miuzela
eBHF
182,3 Noémi
HST
186,9 Castelo Mendo
eHST
189,2 Malhada Sorda
HST
193,9 Freineda
HST
197,5 Aldeia
BHF
202,5 Vilar Formoso
GRENZE

fronteira Portugal-Espanha

A Linha da Beira Alta é uma linha ferrovia internacional que liga o porto da Figueira da Foz à fronteira com Espanha, em Vilar Formoso, com percurso paralelo ao eixo do rio Mondego. É a principal ligação ferroviária de Portugal com a Europa. Tem ligação na estação da Pampilhosa à Linha do Norte e consequentemente ao centro de Coimbra.

Com cerca de 250 quilómetros, esta linha é considerada uma das mais belas de Portugal, devido ao seu variado cenário, e à quantidade de túneis e pontes que atravessa (13 túneis, totalizando quase 4 quilómetros, e 14 pontes, com o comprimento total de mais de 1600 metros).

História

Devido a dificuldades geográficas (o traçado teria de atravessar a Serra do Bucaco, passando junto à cidade de Santa Comba Dao, que está à cota de 180,10 metros, a zona de Vila Franca das Naves (cota de 545,28 metros), passar na cidade da Guarda (cota de 814,53 metros) e acabar junto à fronteira com Espanha (cota de 752 metros), sem nunca ultrapassar a percentagem de 15 ‰ nos declives da via, e as curvas não poderiam ter menos de 300 metros de raio), 3 projectos foram apresentados, sendo designado o engenheiro Bento de Moura para estudar os projectos e escolher o melhor traçado.

A 1 de Fevereiro de 1876, o traçado foi enviado ao governo pelo engenheiro Bento de Moura. Este traçado era uma adaptação de um dos 3 projectos previamente apresentados, feito pelo engenheiro Sousa Brandao.

A 20 de Maio de 1876, o governo abriu um Concurso Publico com vista à construção da linha da Beira Alta. No entanto, não houve concorrentes, pelo que se iniciou novo concurso público em 11 de Setembro de 1876, também sem sucesso.

Bento de Moura modificou então o projecto, de modo a ser mais viável economicamente, partindo da vila de Pampilhosa, passando por Santa Comba Dao. Assim, abriu-se um terceiro concurso a 23 de Março de 1878, ao qual apenas respondeu a Societé Financière de Paris, tendo sido estabelecido um contracto com o governo para a construção e exploração. .

A construção da Linha da Beira Alta iniciou-se em Outubro de 1878 e concluiu-se em Junho de 1882, tendo a inauguração ocorrido em 3 de Agosto de 1882. A obra foi deixada ao cargo de uma companhia suportada pela Societé Financière de Paris.

Recentemente, esta linha sofreu modificações, como algumas rectificações de traçado, electrificação, reforço das pontes, nova sinalização e algumas recentes modificações em tráfego e/ou frequência.

Desastre ferroviário de Moimenta-Alcafache

O desastre ferroviário de Moimenta-Alcafache (o local do acidente localiza-se na freguesia de Moimenta da Maceira do Dao, concelho de Mangualde; a designação "Alcafache" no nome do apeadeiro deve-se ao facto de existirem as Termas de Alcafache que se situam a cerca de 8 quilómetros deste) ocorreu a 11 de Setembro de 1985, a cerca de 200 metros daquela estação, entre Mangualde e Nelas. Às 18h37min, um comboio internacional Sud-Express, que transportava 300 pessoas do Porto Franca(circulava com 18 minutos de atraso), chocou frontalmente com uma composição Regional que se dirigia para Coimbra 30 a 40 pessoas. Os dois comboios colidiram a uma velocidade de 100 quilómetros/hora, vindo a incendiar-se três carruagens do Sud-Express e duas do Regional. À cabeça do Sud-Express viajava a locomotiva nº1961, atrelando 10 a 12 carruagens; o Regional tinha à cabeça a locomotiva nº1439, atrelando 6 a 7 carruagens.

A brutalidade do acidente foi tal que foram apenas confirmados 49 mortos, embora tenha sido possível reconhecer unicamente 14 corpos; 64 passageiros continuam dados como desaparecidos. Dados mais recentes, apontam para uma estimativa entre as 120 e 150 vítimas mortais. A dificuldade em estabelecer um número exacto de vítimas provém de duas razões: não houve um controlo exacto do número de passageiros de ambas as marchas, e, mais uma vez, a brutalidade do embate aliada ao incêndio de algumas carruagens deixaram alguns corpos totalmente despedaçados e/ou carbonizados.

A tragédia foi atribuída a erro humano do maquinista do Regional, que aparentemente não terá respeitado uma ordem para esperar por um cruzamento com o Sud-Expresso.

A maior parte dos restos mortais irreconhecíveis foram sepultados numa vala comum junto ao local do acidente. Foram erguidos memoriais, que são amiúde profanados e vandalizados, não estando definida nenhuma entidade que faça a manutenção do local e da memória da maior tragédia ferroviária de sempre em Portugal.

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