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Madeleine

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Radio Viseu Cidade Viriato

sexta-feira, 3 de abril de 2009

As palavras de ordem


O comunicado final da cimeira dos dirigentes do G20 que reuniu países ricos e emergentes em Londres destaca os seguintes pontos e frases. 

"Enfrentamos o maior desafio dos tempos modernos colocado à economia mundial. Uma crise que se agravou desde o nosso encontro, que atinge as vidas de mulheres, de homens, e de crianças em todos os países e face à qual todos os países têm de unir-se para a resolver. Uma crise mundial pede uma solução mundial". 

"Partimos do princípio de que a prosperidade é indivisível, que o crescimento para ser duradouro tem de ser partilhado (...)", Pensamos que o único fundamento seguro de uma globalização sustentável e o aumento da prosperidade para todos é uma economia aberta fundada no princípio de mercado, numa regulação eficaz e instituições mundiais sólidas".

"Comprometemo-nos hoje a fazer tudo o que é necessário para :

- restabelecer a confiança, o crescimento e o emprego

- reparar o sistema financeiro para restabelecer o crédito

- reforçar a regulação financeira para manter a confiança

- financiar e reformar as nossas instituições financeiras para ultrapassar esta crise e impedir outras

- promover o comércio mundial e o investimento e rejeitar o proteccionismo 

- construir uma retoma ecológica e sustentável

O G20 apresentou um programa de 1.100 mil milhões de dólares destinado a apoiar o crédito, o crescimento e o emprego, e que passa, nomeadamente, por triplicar para 750 mil milhões de dólares os recursos do FMI, um apoio de 250 mil milhões de dólares ao comércio e vendas de ouro pelo FMI.

Restaurar o crescimento e o emprego

O G20 estima em 5.000 milhões de dólares até ao fim de 2010 o montante das somas injectadas na economia mundial e "compromete-se a providenciar o esforço orçamental necessário para restaurar o crescimento".

Compromete-se a "fazer o necessário para restabelecer um fluxo de crédito normal no sistema financeiro e assegurar que as instituições de importância sistémica permaneçam sãs".

Promete "fazer tudo o que é preciso fazer" para assegurar a retoma do crescimento.

Está resolvido a "assegurar uma sustentabilidade orçamental a longo prazo e a estabilidade dos preços e a pôr em marcha "estratégias de saída credíveis" às medidas de relançamento e de apoio ao sector financeiro.

O G20 compromete-se a não praticar a desvalorização das suas moedas para fins de concorrência.

Reforço da supervisão financeira e da regulação 

"A confiança não será restaurada enquanto não tivermos devolvido a confiança ao nosso sistema financeiro".

O G20 vai reforçar a coerência das regulações nacionais e o quadro dos critérios financeiros internacionais, nomeadamente para "desencorajar as tomadas de risco excessivas". 

Vai aplicar novos princípios "exigentes" à remuneração dos banqueiros e tomar medidas, quando estiver assegurado o relançamento, para melhorar o capital dos bancos.

O G20 vai "agir" contra as jurisdições não-cooperantes, designadamente os paraísos fiscais. "A era do segredo bancário terminou". A OCDE publica hoje una lista de paraísos fiscais.

As regras de contabilidade vão ser melhoradas e as agências de rating melhor enquadradas, nomeadamente para evitar "inaceitáveis conflitos de interesse".

Os ministros das Finanças terão de fazer um relatório sobre a aplicação destas decisões durante a sua próxima reunião na Escócia em Novembro.

Reforço das instituições financeiras mundiais

Além do reforço dos seus meios, o G20 quer "reformar o mandato, o campo de acção e a governança" destas instituições com o FMI ou o Banco Mundial, e promete terminar até Janeiro de 2001 uma revisão das quotas do FMI. Os dirigentes destas instituições serão nomeados de forma "aberta, transparente e baseada no mérito".

Resistir ao proteccionismo

O G20 reafirma que "se inibirá de criar novas barreiras" proteccionistas, até ao final de 2010, e continua empenhado na "conclusão ambiciosa e equilibrada " do ciclo de desenvolvimento de Doha.

Um recomeço justo e duradouro para todos

O G20 reconhece "o impacto desproporcionado sobre as pessoas vulneráveis nos países mais pobres", "a dimensão humana" desta crise e compromete-se a providenciar recursos suplementares. Promete fazer o que estiver ao seu alcance para que o relançamento seja ecológico.

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