A projecção do INE de que em 2046 haverá 238 idosos por cada 100 jovens, o dobro dos valores actuais, leva especialistas a considerarem que as escolas devem dar aulas sobre envelhecimento e preparar os mais novos para a sua própria velhice. Segundo as projecções do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2046 a proporção de população jovem reduzir-se-á 13 por cento e a população idosa aumentará dos actuais 17,2 por cento para 31 por cento.
Neste cenário, agravar-se-á o processo de envelhecimento da população portuguesa expresso no índice de envelhecimento, que é hoje de 112 idosos por cada 100 jovens e em 2046 será de 238 pessoas com mais de 65 anos por cada 100 até aos 14 anos.
Perante estas projecções, a docente e investigadora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa (ISCSP/UTL) defendeu quarta-feira (dia 28), em declarações à agência Lusa, que as escolas deviam dar aulas de gerontologia (estudo do envelhecimento) aos jovens para lhes explicar que “ser idoso não tem de ser um fardo” e educá-los para uma velhice activa.
Num país em que a esperança de vida à nascença e aos 65 anos é cada vez maior, os mais velhos são considerados “um fardo e um custo em toda a ordem em termos de equipamentos sociais e dos hospitais”, disse à Lusa Stella António.
Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos a 2006, indicam que o Alentejo é a região do país mais envelhecida, com 102.042 jovens (até aos 14 anos) contra 175.061 idosos (22,9 por cento do total da população).
No lado oposto estão as regiões autónomas, onde há mais jovens que idosos: nos Açores existem 46.904 jovens e 30.198 idosos (12,4 por cento da população) e na Madeira há 44.283 crianças até aos 14 anos e 32.274 pessoas com mais de 65 anos, que perfazem 13,1 por cento do total da população madeirense.
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