Excesso de velocidade e piso escorregadio são, para a empresa Estradas de Portugal (EP), duas das causas da sinistralidade registada na Estrada Nacional (EN) 231. A população exige o IC37 como via alternativa.
Um dos principais acessos à serra da Estrela, sobretudo a partir do norte do país, a EN 231 tem vindo, nos últimos meses, a ser alvo de preocupações em matéria de segurança.
Moradores, automobilistas e peões estão a preparar um abaixo-assinado a reclamar uma alternativa rodoviária entre Viseu, Nelas e Seia. Tudo para acabar com a "pressão" automóvel sobre uma via onde proliferam "troços urbanos".
O elevado movimento de ligeiros e pesados, de passageiros e de carga (sobretudo de extracção de areia no rio Dão), numa zona ladeada de casas e quintas, com um constante entra e sai de tractores, é uma das principais preocupações dos habitantes de Oliveira de Barreiros (Viseu).
Os moradores alegam que o movimento na EN 231, nomeadamente entre o nó da A25 em Teivas, e a ponte Pinoca, sobre o rio Dão, justifica o rápido lançamento do Itinerário Complementar (IC) 37 que ligará Viseu, Nelas e Seia.
Sobre esta questão, a EP informa que aquela via alternativa tem já concluído o estudo prévio "seguindo-se a fase de avaliação de impacte ambiental, a promover pela Agência Portuguesa do Ambiente".
Em ofício enviado ao JN, Paula Ramos Chaves, do Gabinete de Comunicação e Imagem da EP, lembra, no entanto, que a EN 231 "foi alvo de beneficiação no ano de 2004, estando o pavimento em bom estado de conservação".
O traçado "bastante sinuoso e com acentuada inclinação" daquela estrada, sobretudo entre a ponte Pinoca e a A25, é para a EP uma das razões da sinistralidade que tem sido registada nos últimos meses. Nomeadamente se associada a outros factores que a potenciam.
"As características da via associadas à prática de altas velocidades e ao derrame de óleo que se tem verificado, nomeadamente por parte de viaturas pesadas de transporte de inertes, contribuirá grandemente para a ocorrência de sinistralidade", reconhece a EP.
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